quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Governo da Espanha proíbe salários diferentes para homens e mulheres - Brasil Disparidade salarial é de mais de 40%.

 

 



Decreto é de 2020, e empresas tem de manter registros dos pagamentos. Decisão foi assinada pelo Ministério do Trabalho

 

O governo da Espanha proibiu oficialmente a desigualdade salarial por gênero. Um grande feito para o país berço da Diversa Jobs, onde tudo começou.


Portanto desde 2020 "um homem e uma mulher não podem mais receber remuneração diferente", afirmou a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, após reunião com os demais ministros. Díaz afirmou ainda que a disparidade salarial é uma "aberração judicial e democrática".

 

  • A desigualdade salarial no Brasil persiste. No ranking do Fórum Econômico Mundial o Brasil ocupa o 132° lugar em um lista de apenas 149 nações.

Para garantir que estão cumprindo a igualdade, as companhias terão de manter registros dos salários e funções dos funcionários e divulgar os documentos, explicando o porquê de eventualmente terem pagamentos diferentes para pessoas exercendo a mesma função.

 

A multa no caso de descumprimento pode chegar a 187.000 euros.

 

  • As empresas que não cumprirem as regras de transparência poderão ser multadas em 187.000 euros (ou 1,2 milhão de reais).

 

Sem levar em conta o cargo ocupado, o salário médio das mulheres era:

  •  22% menor que o dos homens na Espanha, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

O salário médio das mulheres também foi menor em todas os setores profissionais

 

As empresas tiveram 6 meses para se adaptar à regra.

  

  • Mas, o que muita gente não sabe, é que a legislação brasileira garante a igualdade salarial entre homens e mulheres na CLT desde 1943 e também a menciona na Constituição de 1988

 

Desigualdade salarial no Brasil

 

No Brasil, a diferença entre os ganhos de homens e mulheres foi de 47% em 2019, segundo dados do Quero Bolsa compilados com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

 

Parte da explicação para a renda média menor é o fato de que mulheres estão em posições mais baixas em empresas, sendo menos promovidas, e setores com salários piores, como serviços.


Fonte: Agência Brasil, Exame.com