quarta-feira, 18 de março de 2020

Governo vai permitir que empresas cortem jornada e salários pela metade



Governo vai permitir que empresas cortem jornada e salários pela metade devido ao coronavírus

Ministério da Economia afirma que medida vai preservar empregos



Government will allow companies to cut hours and wages in half
政府将允许公司将工时和工资削减一半
Zhèngfǔ jiāng yǔnxǔ gōngsī jiāng gōngshí hé gōngzī xuējiǎn yībàn
Il governo consentirà alle aziende di dimezzare ore e salari
El gobierno permitirá a las empresas reducir las horas y los salarios a la mitad
Die Regierung wird es den Unternehmen ermöglichen, Stunden und Löhne zu halbieren
Regjeringen vil tillate selskaper å kutte timer og lønn i halvparten
De overheid staat bedrijven toe de uren en lonen te halveren
Regeringen tillåter företag att sänka timmar och löner i halva 

Font: Folha de São Paulo/ Uol  link: encurtador.com.br/ijmAG 

Para tentar evitar o aumento do desemprego no Brasil durante a crise do coronavírus, o governo vai permitir que empresas e órgãos públicos cortem até metade dos salários e da jornada de trabalho de funcionários. A permissão vai valer até 31 de dezembro deste ano e será feita por medida provisória ou projeto de lei. No primeiro caso, entra em vigor assim que for editada. No segundo, ainda precisaria de aprovação do Congresso.

O Ministério da Economia anunciou nesta quarta-feira (18/3) a medida, que terá que ser negociada entre o trabalhador e o patrão. A redução será proporcional: o desconto no salário será correspondente ao número de horas que deixarão de ser trabalhadas. A empresa não poderá diminuir o valor pago por hora ao trabalhador.

A proposta faz parte do pacote "antidesemprego", em reação à crise econômica gerada pela Covid-19. Segundo o governo, a medida flexibiliza a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) temporariamente, mas não altera o teor da legislação trabalhista. "Não é algo simples. Mas é muito mais grave perder o emprego e não ter salário", disse o secretário  especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco

Outras providências prometidas pelo governo para conter o desemprego incluem o incentivo ao teletrabalho, que já tem sido adotado em órgãos públicos, a antecipação de férias individuais e de feriados não religiosos. "Se o trabalhador está empregado há seis meses, não completou ainda o período necessário para as férias. Agora, será permitido tirar as férias", explicou o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcomo.

A equipe econômica também sugere que as empresas concedam férias coletivas e flexibilize o banco de horas temporariamente. Tanto para férias individuais quanto para coletivas, o prazo para aviso será de 48 horas. No segundo caso, podem ser determinadas para toda a empresa ou apenas para um setor, sem precisar que o sindicato avise com duas semanas de antecedência, como nas regras atuais

Na segunda-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou outras propostas, que foram reforçadas nesta quarta. Uma delas é a possibilidade de que os empregadores deixem de contribuir para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) durante o estado de emergência. Os valores serão pagos em parcelas, depois de três meses.

Ainda para evitar que empresas precisem fechar as portas, o governo vai diminuir a parcela das contribuições sociais sobre a folha de pagamento e anunciou a suspensão de "quesitos burocráticos e administrativos" no âmbito de saúde e segurança do trabalho.


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