Breitheamh gcáineann 16 duine agus orduithe a
scartáil cúig clubanna trá i Jurerê International
Le juge condamne 16 personnes et
l'ordre de démolir cinq clubs de plage de Jurerê internationale
Судья осуждает 16 человек и
приказ снести пять пляжных клубов в отеле Jurere International
Judge condemns 16 mga tao at mga order upang
gibain limang beach club sa Jurere International
Tuomari tuomitsee 16 henkilöä ja tilaukset
tuhota viisi ranta seurat Jurere International
Sędzia skazuje 16 osób i zlecenia wyburzyć pięć
klubów plażowych w Jujere Międzynarodówki
Juez condena a 16 personas y mata
demoler 5 beach clubs en Jurerê Internacional
Judge fördömer 16 personer och order att riva
fem klubbar stranden i Jurere International
A Praia de Jurerê Internacional é
uma das áreas mais nobres de Floripa e um dos destinos mais badalados do verão
brasileiro. O bairro planejado possui uma boa estrutura para receber os
turistas, com estacionamentos, restaurantes, lojas, hotéis e uma extensa faixa
de areia.
O bairro é conhecido no mundo
como um dos locais que mais se concentra mansões e casas de luxo no Brasil.
Também está associado à imagem de mansões sem muros, lembrando muito as típicas
mansões norte-americanas. Tanto que em 2015, das 10 mansões mais caras do país,
3 são situadas em Jurerê Internacional.
mas isso pode mudar... pois o Juiz Marcelo Krás Borges, da 6ª Vara Federal de Florianópolis:
- condenou 16 pessoas acusadas de crimes contra o meio ambiente e contra a administração pública e seis empreendimentos.
- Na mesma sentença, o juiz determinou a demolição de cinco beach clubs e de um hotel de luxo em Jurerê Internacional, bairro nobre de Florianópolis.
Os imóveis são alvo de um processo que aponta a ocupação em
local de domínio da União, danos ambientais em área de preservação permanente e
prejuízos ao descanso de quem vive perto dali.
De acordo com as
investigações da chamada operação moeda verde, havia um esquema entre empresários
e servidores públicos que, em troca de propina, liberavam licenças ambientais
em áreas de preservação permanente.
Segundo a denúncia, parte dos
subornos era paga com diárias de hotel e outros brindes, como
ingressos para eventos e shows, como o do grupo Black Eyed Peas, que aconteceu
em 2006.
Na sentença, o juiz entendeu que ficou comprovado o esquema, que
era liderado por Pericles Druck, empresário da Habitasul, que foi condenado a
28 anos de prisão, além de multa e prestação de serviços comunitários.
"A denúncia descreve uma
quadrilha altamente organizada com o objetivo de comprar as licenças
ambientais, de maneira que os empreendimentos comerciais pudessem ser
localizados em área de preservação permanente, sem que houvesse qualquer
incômodo por parte da fiscalização municipal e estadual",
escreveu o juiz
na sentença.
Segundo o juiz, o esquema só
foi possível graças a participação do ex-vereador Juarez Silveira, que atuava
como um espécie de intermediário.
"Os supostos atos de corrupção
jamais teriam ocorrido se não fosse a indispensável intermediação de Juarez
Silveira, que oferecia propinas e presentes aos servidores públicos,
facilitando o fornecimento de licenças ambientais",
diz trecho da
sentença. O ex-vereador foi condenado a 7 anos e 9 meses de prisão em
regime semiaberto, além de multa.
Proteção ambiental
Ao tratar dos crimes previstos no Código Florestal, o juiz ressaltou que a finalidade de proibir ocupação de área de preservação permanente é recuperar a vegetação nativa.
Ao tratar dos crimes previstos no Código Florestal, o juiz ressaltou que a finalidade de proibir ocupação de área de preservação permanente é recuperar a vegetação nativa.
"Assim, se a área está ou no passado esteve degradada,
tal fato não muda a caracterização ecológica ou jurídica da área e não retira a
obrigação de recuperar a área degradada. Mesmo que no passado a vegetação de
restinga não estivesse tão rica ou vistosa como está hoje, tal fato não
descaracteriza a área de preservação permanente", explicou.
De acordo com a sentença, a permanência dos beach
clubs no local onde se encontram é fraude à legislação ambiental,
pois há um impedimento natural ao crescimento da vegetação natural.
"Anos
e anos de desrespeito à legislação ambiental não podem servir como
justificativa para a continuidade do desrespeito à legislação ambiental",
afirmou o Marcelo Krás.
Na sentença, o juiz
determinou a demolição e a recuperação da área degradada onde ficam os
empreendimentos:
- Il Campanario, El Divino (atual Donna),
- Taikô (La Serena),
- Café de la Musique,
- Simple on the Beach (atual 300 Cosmos) e
- Pirata (atual AquaPlage).
A Habitasul informou que vai
recorrer da decisão. Em nota a empresa afirmou que as condenações não foram
razoáveis e podem representar um retrocesso na busca pelo
desenvolvimento sustentável no estado. "Esta decisão toma como base
ilações infundadas e ignora as sólidas evidências técnicas trazidas pela defesa
no curso do processo. Confiamos que o Judiciário será capaz de examinar as
provas e reverter o quanto antes a decisão", diz a nota.
Fonte: Conjur e UOL notícias.